REGRAS COMPORTAMENTAIS DE UMA LIDERANÇA

Revendo os minuciosos conceitos e fazendo um alto exame de liderança, seremos capazes verdadeiramente de descobrirmos o líder que somos ou se desperta em nós o domínio de comandante chefe.

 Para introduzirmos esse assunto, nada melhor do que fazermos algumas retrospectivas dos fatos e acontecimentos da história das nossas vidas, que há de facilitar a termos essas conclusões, seja como pastor, dirigente de uma congregação, dirigentes de departamentos, regentes de conjuntos, corais, ou qualquer outra liderança da igreja.

LIDERAR é guiar, inspirar. Liderança é o resultado da capacidade de quem lidera. CHEFE é aquele que governa, comanda e manda. O problema é que do CHEFE ramifica-se os elos de graduação que vai desde o CHEFINHO, passando pelo o CHEFETE chegando até o CHEFÃO, esses quando governam e comandam fazem a diferença:

O CHEFINHO quando governa é muito carismático, aceita tudo, é tão bonzinho que quer conquistar liderança em troca da passividade.  Para conquistar de forma sensível a simpatia do povo, faz vista grossa aos assuntos complexos, fazendo-os tornar inadvertidos. Pode até parecer tudo muito bem, mas quando esse chefinho sai do comando e é substituído por outro e se esse outro não for chefinho também, vai sofrer grandes conseqüências. Sempre há alguém para reclamar: “o outro não agia assim, era mais bonzinho, não levava em consideração as minhas fraquezas”. Em resumo um chefinho quando comanda deixa grandes problemas para o próximo comandante.

O CHEFETE na mais digna expressão popular que podemos exemplificar é “nem é carne e nem é peixe”, isto é, para ele tanto faz como tanto fez. Tanto faz o convidarem para uma festa de aniversário ou Bin-laden jogar um avião nas torres da igreja. Para ele tudo está bem, pode chover canivete e ele pergunta: “a chuva já passou?” O chefete é assim, as coisas vão acontecendo normalmente sem ele mover uma palha. Se tudo for bem ele agradece, porém se não for nada bem, ele não é o culpado. Ele está no lugar de comandante, mas não comanda, às vezes dirige, outra vez é dirigido.

O CHEFÃO esse sim governa, comanda, manda e desmanda e ninguém se atreva a tentar burlar sua autoridade. Ele manda tanto que estraga, consegue formar uma multidão de opinião contrária a sua chefia. O chefão é o retrato do obreiro enfezado, tenta conseguir liderança na marra, a força bruta, é irritado, bronqueiro. O poderoso chefão acha que dirigir o rebanho, comandar a igreja é como comandar um batalhão de recrutas, que se preparam para atuar nas mais sangrentas guerras, daí o equívoco em tratar o povo com rigidez, arrogância, em alguns casos com desrespeito ao ser humano, usando sempre estas palavras: “ai de vós, eu sou, eu faço, eu mando, ninguém se atreva, está pensando o quê?” Evita usar eufemismos, pois prefere usar a escabrosidade das palavras, quando se sente ameaçado da sua autoridade. O pior é que muitas ovelhas estão sendo dirigidas por esses chefões, que comandam sem misericórdia, chama a atenção das pessoas em público, é descontrolado e insuportável, nem a si próprio suporta. Ouvi um dia desses um dos chefões, na hora da benção dos apóstolos, quando falava: “na graça de nosso senhor Jesus Cristo” e chegando “no amor de Deus nosso pai”, chamou a atenção de um dos irmãos que estava com os braços cruzados por está com frio, e disse: “descruzes os braços infelizes! Não vê que estou dando a benção apostólica?” E continuou dando a benção dos apóstolos. Bem, nem sei se ainda posso chamar de benção! Porque o perigo dessa doença terrível chamada psicossomática, deslumbra nesses chefões uma reação chamada de complexo de superioridade, os quais se acham tão poderosos que não medem as conseqüências e os estragos que causam ao rebanho do senhor, mas tudo isso trará Deus a juízo.

O LÍDER, o verdadeiro líder, conquista os seus liderados sem falar muito, pois prefere ouvir mais, é humilde, é servo também, mesmo quando corrige agrada a quem corrigiu. Tem controle nas palavras que fala, é habilidoso no requisito problema, é zeloso pela reta justiça, não teme que outro se levante após ele, pois reconhece o seu potencial, acreditando na liderança que conquistou. Um bom líder enquanto estiver com o povo, este povo está de pé, quando sai e entra outro que não tenha a mesma liderança, o povo enfraquece, cai, geme ou morre. Foi assim que aconteceu com o líder Josué, enquanto estava com o povo, o povo dizia “nunca nos aconteça que deixemos o Senhor, para servirmos a outros deuses”, Js. 24.16, depois da morte desse líder, o povo foi disperso, passaram a servir a outros deuses.

E isso acontece muito nos nossos dias, quando sai um líder e entra um chefinho, um chefete, ou um chefão, o povo começa a reclamar, a sair, porque não suporta ser dirigido por esses tipos de governantes. Depois vem a reclamação desses chefões, dizem que o outro que saiu, O LÍDER, está intervindo na sua liderança, fazendo dificultar o seu trabalho, por isso ele está com dificuldades para liderar. Mas vejam só isso é conversa de quem não tem liderança. O outro, o antecessor, pode ter sido um líder excelente, todavia cabe ao seu sucessor conquistar sua própria liderança, sem depender da liderança do antecessor. Se não  conquistar, não culpe o outro, a culpa é sua, que foi menos habilidoso do que ele. “Mas, ele fica  sempre vindo aqui.” Melhor ainda! Só assim ele assiste a liderança que você tem, se é que tem, se conseguir, amém! Pelo menos ele fica sabendo que não é insubstituível. Se já tem mais do que ele, que bom! Só assim ele descobre que alguém pôde superá-lo. Deixa-oele assistir o líder que você é, liderança não se toma, se conquista. Você só precisa de tempo para mostrar a liderança que tem, contudo lembre-se também que é o tempo, que pode mostrar a liderança que você não tem. Se você não sabe ser um líder, quanto mais tempo passar a frente de um povo, mais se desgasta, nem adianta tentar para ver se conquista porque quanto mais tempo mais antipatia e rejeição terão.

Quem conquista uma liderança hoje estará protegido amanhã, porque se levantará sempre alguém que não se esquecerá dos feitos de um líder em suas atividades, no caso do pastor, ele sendo um líder, onde estiver, ou por onde passar vai está sempre ladeado de amigos e irmãos para ajudá-lo e isso é simplesmente o troféu de quem conquista uma liderança, conquistada  na sublime arte de liderar, nos parâmetros do amor de  Deus.