O narcisismo Político e Religioso
A mitologia Grega conta-nos um episódio bastante
interessante e ilustrativo para os nossos dias que é o Narcisismo. Narcisismo é um conceito da psicanálise que define o
indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão
excessiva por si mesmo, .Trata-se um jovem chamado Narciso, que era
reconhecidamente bonito e encantador, a sua beleza chamava atenção de todos, as
mulheres ficavam enlouquecidas e os homens se curvavam diante de sua formosura,
narciso sabia de sua fama por ouvir
outros falarem, mas nunca tinha se visto em um espelho, um belo dia ele
se aproximou de um rio cristalino onde as águas dava para se espelhar, e ele
viu pela primeira vez o seu lindo rosto
e todo seu belo corpo, tal grande foi o encantamento que Narciso se apaixonou
por ele próprio, pulou nas águas do rio tentando se agarrar a ele mesmo, e
nesse agarra, agarra, Narciso morre afogado.
A princípio o mito Narciso é mais um
conto da mitologia Grega, mas de verdade tem muita semelhança com os nossos
dias na convivência política e religiosa. O narcisismo existe desde quando
alguém se acha tão perfeito, tão capaz, tão unigênito, a bola da vez, o cara ou
a cara, um quase deus, e já chega. Porque logo quando este se senti agarrado em
seu próprio ego, e se apaixona por si mesmo, se achando tão autossuficiente, e
depois vier descobrir que não é tudo que se acha, será tarde demais, restando
apenas o afogamento nas águas transparente da soberba, e o fim será sempre
trágico. Afinal quem são estes? Estes são aqueles que querem ocupar os espaços
de alta grandeza, quando não mede seus limites, e quando mede, mede erradamente
não correspondendo com sua capacidade, circunstâncias, cosmovisão, e
principalmente humildade.
Um exemplo entre nós cristãos, é aquele
que decide entrar na política, antes de ser polido na vida pública, pelo menos
em um conselho de bairro, ou em uma presidência de síndico, já quer postular um
alto posto na esfera federal, e quando é questionado as suas limitações dentro
da realidade dos fatos políticos e partidários, prontamente responde “é Deus na
causa” quando Deus não tem nada a ver com isso. E sim, este está olhando para
as águas como espelho agarrado com ele mesmo e não ver nada maior ou melhor do
que ele ao ponto de sofrer o opróbrio de suas decisões. Mais agravante ainda,
são colegas pastores que dão sustentações as ideias desse “Narciso” em vez de aconselhar
para ir ao seu devido lugar, e evitar que estes e os demais que formam a instituição
sofram escárnio da multidão, dizendo, onde está o teu Deus? Onde está a união
desse povo? Quando, nem Deus interferiu nessa insensata decisão, nem os seus
membros em particular são obrigados a cair no rio e se afogar.
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