sábado, 21 de outubro de 2017

O narcisismo político e religioso

 O narcisismo Político e Religioso



A mitologia Grega conta-nos um episódio bastante interessante e ilustrativo para os nossos dias que é o Narcisismo. Narcisismo  é um conceito da psicanálise que define o indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo, .Trata-se um jovem chamado Narciso, que era reconhecidamente bonito e encantador, a sua beleza chamava atenção de todos, as mulheres ficavam enlouquecidas e os homens se curvavam diante de sua formosura, narciso sabia de sua fama por ouvir  outros falarem, mas nunca tinha se visto em um espelho, um belo dia ele se aproximou de um rio cristalino onde as águas dava para se espelhar, e ele viu  pela primeira vez o seu lindo rosto e todo seu belo corpo, tal grande foi o encantamento que Narciso se apaixonou por ele próprio,  pulou nas águas  do rio tentando se agarrar a ele mesmo, e nesse agarra, agarra,   Narciso morre afogado.

A princípio o mito Narciso é mais um conto da mitologia Grega, mas de verdade tem muita semelhança com os nossos dias na convivência política e religiosa. O narcisismo existe desde quando alguém se acha tão perfeito, tão capaz, tão unigênito, a bola da vez, o cara ou a cara, um quase deus, e já chega. Porque logo quando este se senti agarrado em seu próprio ego, e se apaixona por si mesmo, se achando tão autossuficiente, e depois vier descobrir que não é tudo que se acha, será tarde demais, restando apenas o afogamento nas águas transparente da soberba, e o fim será sempre trágico. Afinal quem são estes? Estes são aqueles que querem ocupar os espaços de alta grandeza, quando não mede seus limites, e quando mede, mede erradamente não correspondendo com sua capacidade, circunstâncias, cosmovisão, e principalmente humildade.  

Um exemplo entre nós cristãos, é aquele que decide entrar na política, antes de ser polido na vida pública, pelo menos em um conselho de bairro, ou em uma presidência de síndico, já quer postular um alto posto na esfera federal, e quando é questionado as suas limitações dentro da realidade dos fatos políticos e partidários, prontamente responde “é Deus na causa” quando Deus não tem nada a ver com isso. E sim, este está olhando para as águas como espelho agarrado com ele mesmo e não ver nada maior ou melhor do que ele ao ponto de sofrer o opróbrio de suas decisões. Mais agravante ainda, são colegas pastores que dão sustentações as ideias desse “Narciso” em vez de aconselhar para ir ao seu devido lugar, e evitar que estes e os demais que formam a instituição sofram escárnio da multidão, dizendo, onde está o teu Deus? Onde está a união desse povo? Quando, nem Deus interferiu nessa insensata decisão, nem os seus membros em particular são obrigados a cair no rio e se afogar.

Enfim, outro exemplo do narcisismo está nos púlpitos, na convivência com os dons e ministérios. Os narcisistas dos espetáculos estão em toda parte, se achando o máximo no uso dos dons espirituais e ministeriais, não falta aquele que chama o povo a frente esquece de pregar a palavra, e avança nas sessões de “milagres”, esticam a perna pra cá, empurram braço pra lá, forçam o povo a cair, a vomitar cabelos, alfinetes, agulhas, e ainda pede para  um mudo(a)  abrir a boca e cuspir na sua língua, e se achar pouco, propaga o espetáculo nas redes sociais dizendo “aqui o manto desceu” foi só terraaaaaaa, e outros chavões de fogo por aí. De igual sorte muitos pregadores estão se afogando nos rios do egoísmo e da exaltação, quando ninguém tem o que ele tem, ninguém é como ele, e se acha tão completo que faz questão de aparecer, quando não tem púlpitos para estes, tem Facebook, WhatsApp, e as demais redes sociais para apresentar mais a ele próprio do a Deus, mas, o caminho do narcisismo não é o mais excelente, e sim o caminho das lágrimas, da humildade, de se esconder em Adulão até a ordem de Deus para sair, e ser preservado do grande mal do narcisismo.

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